Atividade com tradição milenar, as apostas desportivas assumiram uma nova dimensão com a internet e um impacto social que exige reflexão. Foi esse exercício que juntou no palco do 2º Congresso Internacional de Fundações Desportivas o presidente da Associação Portuguesa de Jogos e Apostas Online (APAJO), Ricardo Domingues, e o humorista Guilherme Geirinhas. A plateia do Arena Stage, o espaço do Super Bock Arena, no Porto, onde decorreu o congresso, integrado na programação do primeiro dia do Thinking Football Summit, encheu para uma conversa descontraída e divertida.

Num jogo de equilíbrio perfeito, Guilherme Geirinhas fez sorrir ao aludir aos apelos de “youtubers” que prometem ganhos imensos a quem “apostar num casino ilegal com sede num talho no Panamá” e Ricardo Domingues pôs gelo no entusiasmo ao desmontar, desde logo, essa ideia de uma fortuna à distância de uma aposta. “É preciso muita sorte, a imprevisibilidade dificulta que os apostadores possam ganhar dinheiro”, recordou, e deixou claro que esta “deve ser encarada como uma atividade de entretenimento, lúdica”.

Com a internet, “o produto tornou-se muito mais dinâmico”, mas a regra da imprevisibilidade não mudou. “Se virem um influenciador a promover jogo e a dizer que vão ganhar muito dinheiro, é desconfiar”, aconselhou Ricardo Domingues.