14 de Setembro de 2024


Como Encarar o Final de Carreira no Futebol: Desafios e Soluções

Thinking Football Summit 2024 acolheu painel moderado pelo Coordenador da Fundação do Futebol, Luís Estrela, contou com os testemunhos de Beto Pimparel, Cláudia Chasqueira e João Oliveira

O término da carreira de um futebolista profissional pode ser um desafio complexo, tanto no âmbito emocional como financeiro. Para aqueles que dedicaram uma vida à prática desta modalidade, a transição para uma nova fase nunca será simples.

Num painel moderado por Luís Estrela, Coordenador da Fundação do Futebol – Liga Portugal, no âmbito do Thinking Football Summit 2024, Beto Pimparel (Ex-Jogador e Membro do Conselho de Administração da Fundação do Futebol), Cláudia Chasqueira (Psicóloga Clínica do Instituto Belong) e João Oliveira (Diretor Departamento Jurídico do Sindicato dos Jogadores) discutiram as melhores abordagens para enfrentar o final de carreira e preparar o futuro.

Beto Pimparel, ex-jogador e atual membro do Conselho de Administração da Fundação do Futebol, partilhou a sua impactante experiência pessoal relativa à dificuldade de aceitar o fim da carreira. "É frustrante aceitar que o futebol tem de acabar quando nos sentimos na plenitude das nossas capacidades. Esse é um problema grave, e é importante falar sobre ele para ajudar quem está nessa situação", afirmou o antigo guarda-redes. O ex-internacional português realçou ainda que o apoio psicológico é fundamental: "deveria ter feito acompanhamento da minha carreira desde o início. É crucial ser pró-ativo e não reativo nessa questão", acrescentou.

A psicóloga clínica Cláudia Chasqueira, do Instituto Belong, abordou, por sua vez, o aspeto emocional da transição. “O final de carreira é muitas vezes um luto, um encerramento de ciclo, e é muito duro para um atleta ouvir que tem de pendurar as chuteiras". Destacou que o medo do desconhecido e do futuro é um sintoma comum e que muitos atletas enfrentam perturbações como problemas de sono, comportamento alimentar inadequado, e até adição a substâncias e jogos online após o final da carreira. "Deveria ser imperativo que um atleta passasse mais tempo com alguém de confiança, como um familiar, durante o processo de tomada de decisão", sugeriu Cláudia Chasqueira.

Já João Oliveira, Diretor do Departamento Jurídico do Sindicato dos Jogadores, enfatizou a importância da preparação durante a carreira para este processo. "Os clubes devem criar condições para que os atletas tenham experiências variadas e desenvolvam habilidades que possam ser úteis em outras áreas do mercado. A consciência dos clubes em formar o atleta como um bom cidadão, além de um bom jogador, é fundamental", afirmou o representante do Sindicato dos Jogadores. Destacou ainda que, embora muitos Clubes ofereçam apoio psicológico, a confiança é um aspeto crucial que muitas vezes fica em falta.

O evento serviu para abrir um diálogo importante sobre como a gestão de emoções e a preparação adequada podem facilitar a transição do Futebol Profissional para novas oportunidades. Com a colaboração de especialistas como Cláudia Chasqueira e o apoio de entidades como o Sindicato dos Jogadores, a Fundação do Futebol espera que o futuro dos atletas seja um tema tratado com a seriedade e o cuidado que merece.

14 de Setembro de 2024


Como Encarar o Final de Carreira no Futebol: Desafios e Soluções

Thinking Football Summit 2024 acolheu painel moderado pelo Coordenador da Fundação do Futebol, Luís Estrela, contou com os testemunhos de Beto Pimparel, Cláudia Chasqueira e João Oliveira

O término da carreira de um futebolista profissional pode ser um desafio complexo, tanto no âmbito emocional como financeiro. Para aqueles que dedicaram uma vida à prática desta modalidade, a transição para uma nova fase nunca será simples.

Num painel moderado por Luís Estrela, Coordenador da Fundação do Futebol – Liga Portugal, no âmbito do Thinking Football Summit 2024, Beto Pimparel (Ex-Jogador e Membro do Conselho de Administração da Fundação do Futebol), Cláudia Chasqueira (Psicóloga Clínica do Instituto Belong) e João Oliveira (Diretor Departamento Jurídico do Sindicato dos Jogadores) discutiram as melhores abordagens para enfrentar o final de carreira e preparar o futuro.

Beto Pimparel, ex-jogador e atual membro do Conselho de Administração da Fundação do Futebol, partilhou a sua impactante experiência pessoal relativa à dificuldade de aceitar o fim da carreira. "É frustrante aceitar que o futebol tem de acabar quando nos sentimos na plenitude das nossas capacidades. Esse é um problema grave, e é importante falar sobre ele para ajudar quem está nessa situação", afirmou o antigo guarda-redes. O ex-internacional português realçou ainda que o apoio psicológico é fundamental: "deveria ter feito acompanhamento da minha carreira desde o início. É crucial ser pró-ativo e não reativo nessa questão", acrescentou.

A psicóloga clínica Cláudia Chasqueira, do Instituto Belong, abordou, por sua vez, o aspeto emocional da transição. “O final de carreira é muitas vezes um luto, um encerramento de ciclo, e é muito duro para um atleta ouvir que tem de pendurar as chuteiras". Destacou que o medo do desconhecido e do futuro é um sintoma comum e que muitos atletas enfrentam perturbações como problemas de sono, comportamento alimentar inadequado, e até adição a substâncias e jogos online após o final da carreira. "Deveria ser imperativo que um atleta passasse mais tempo com alguém de confiança, como um familiar, durante o processo de tomada de decisão", sugeriu Cláudia Chasqueira.

Já João Oliveira, Diretor do Departamento Jurídico do Sindicato dos Jogadores, enfatizou a importância da preparação durante a carreira para este processo. "Os clubes devem criar condições para que os atletas tenham experiências variadas e desenvolvam habilidades que possam ser úteis em outras áreas do mercado. A consciência dos clubes em formar o atleta como um bom cidadão, além de um bom jogador, é fundamental", afirmou o representante do Sindicato dos Jogadores. Destacou ainda que, embora muitos Clubes ofereçam apoio psicológico, a confiança é um aspeto crucial que muitas vezes fica em falta.

O evento serviu para abrir um diálogo importante sobre como a gestão de emoções e a preparação adequada podem facilitar a transição do Futebol Profissional para novas oportunidades. Com a colaboração de especialistas como Cláudia Chasqueira e o apoio de entidades como o Sindicato dos Jogadores, a Fundação do Futebol espera que o futuro dos atletas seja um tema tratado com a seriedade e o cuidado que merece.


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